É melhor que a Disneyland

A Volta a Portugal veio a Loulé e foi uma festa.

Mal soube que este acontecimento se ia dar, marquei logo na agenda dos inadiáveis e inalteráveis. Estaríamos na Avenida José da Costa Mealha neste dia 12 de Agosto mesmo que chovesse picaretas em brasa, e quase que choveu. Esteve um calor abafado que só nos fazia correr em repeat o pensamento “onde é que há ar condicionado, quero fugir para lá, já!” Mas como a loucura é muita fomos e lá ficámos tratando de beber coisas frescas.

Foi com o Neto Gomes a gritar palminhas para o Pedro Lopes em 98 na ideia que saí hoje de casa. Guardo essa chegada, a vitória de Lelli, e uma etapa que o Nelson Vitorino andou fugido mas não ganhou como dias felizes de ciclismo despreocupado quase em casa. A emoção não se explica.

Hoje foi bom, mas claro que, como acontece com o natal, a idade adulta compromete muita da magia. Tentando contrariar esse esbater do encanto fomos aos carros, recebemos bidons e eu pedi uma selfie com o Mauricio Moreira. Ciclista que me tem feito feliz, mais que não seja porque ganhei a aposta com o Alexandre no ano passado graças a ele.

Não me arrepiei como em 98, mas vim feliz, muito feliz, embora encalorada e a ouvir o que a minha mãe diria ” É preciso ser muito maluco para se ir meter neste calor para ver os moços a sofrer, tem juízo Marta!”.