Coisas boas

Não quero pensar em mais nada, mais nadinha mesmo, só naquelas coisas boas que nos fazem respirar fundo e pensar que viver é mesmo bom. Não falo em grandes conquistas que mudam a nossa vida, mas naqueles pormenores que nos vão dando ânimo para os pequenos passos de que são feitos os grandes trajetos.
São coisas boas: estar com os nossos, ver a chegada ao Malhão na Volta ao Algarve e assar chouriços, um duche de água quente, o ginásio, o gelado de Dom Rodrigo da Gelvi, o galão com espuma, a descoberta de um bom livro especialmente se tiver continuação, atacar o Maio,o filme La Haine, a praia da falésia, fazer um bolo e provar antes que arrefeça, sofá e manta, o acordar da minha filha, esplanadas, sextas-feiras à noite, a luz de Lisboa, museus de arte, caminhadas, os picnics com calma, concertos de pé, caldos de farinha torrada com casquinha de limão, o clube de leitura, festivais de verão, montar a árvore de natal, vinho verde, o parque de campismo de monte-gordo, unhas vermelhas, calçadão de Quarteira e de Copacabana, pão de alho com queijo da Olépizza, seguir um molde e fazer uma peça de roupa, silêncio, as lulas da minha mãe, conduzir, ver o visita guiada e o último apaga a luz, ir ao cinema, o barulho da escola.
Haverá mais, certamente, e o melhor é andar sempre à procura.